DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS ATUAIS E AVANÇOS NO MANEJO CLÍNICO

Autores

  • Maria Luiza da Silva Oliveira Batista Autor
  • Mariana Caroline Furtado de Alencar Autor
  • Seridianny Mascarenhas Falcão de Carvalho Autor
  • Ana Laura Teixeira de Araújo dos Reis Autor
  • Catharina Dantas de Santana Autor
  • Fabíola Cristina Curcino de Abreu Autor
  • Ryan Rafael Barros de Macedo Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/MedCientifica-039

Palavras-chave:

Doença do Refluxo Gastroesofágico, Terapêutica, Inibidores da Bomba de Prótons, Vonoprazan, Refluxo Laringofaríngeo, Cirurgia Antirrefluxo, DRGE Refratária

Resumo

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição crônica prevalente, resultante do fluxo retrógrado de conteúdo gástrico, causando sintomas incômodos e/ou complicações. Embora os inibidores da bomba de prótons (IBPs) sejam a base do tratamento, uma proporção significativa de pacientes (até 40-50%) apresenta resposta inadequada, configurando a DRGE Refratária (DRGE-R). Esta revisão narrativa sintetiza as abordagens terapêuticas atuais e os avanços no manejo clínico da DRGE, com base na literatura científica recente. O manejo inicial envolve modificações no estilo de vida (MEV), como perda de peso, elevação da cabeceira e evitar refeições tardias, embora a evidência mais robusta apoie a perda de peso. A terapia farmacológica de primeira linha são os IBPs, superiores aos antagonistas H2 na cicatrização da esofagite erosiva (EE) e alívio sintomático. Avanços recentes incluem os bloqueadores de ácido competitivos de potássio (P-CABs), como o vonoprazan, que demonstram supressão ácida mais potente e rápida, sendo recomendados como terapia inicial para EE grave (Graus C/D). O manejo da DRGE-R exige confirmação diagnóstica objetiva, idealmente com pH-impedanciometria (pH-MII) em vigência de terapia, para identificar refluxo não ácido ou fracamente ácido, hipersensibilidade ao refluxo ou distúrbios funcionais. Terapias adjuvantes para DRGE-R incluem alginatos, que neutralizam o "bolsão ácido" (acid pocket), e o baclofeno, que reduz as relaxações transitórias do esfíncter esofágico inferior (RTEIEs). O tratamento em populações especiais, como neonatos e pacientes com manifestações extraesofágicas (EER), é desafiador; em prematuros, a terapia de supressão ácida é desencorajada devido aos riscos (ex: enterocolite necrosante) e à predominância de refluxo fracamente ácido. Para pacientes com DRGE comprovada e refratária, opções invasivas como a fundoplicatura laparoscópica (LNF), o aumento magnético do esfíncter (MSA) e a fundoplicatura transoral sem incisão (TIF) são alternativas eficazes, desde que a seleção de pacientes seja rigorosa e baseada em evidências objetivas de refluxo patológico.

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Publicado

2025-11-08

Como Citar

Batista, M. L. da S. O. ., de Alencar, M. C. F. ., de Carvalho, S. M. F. ., dos Reis, A. L. T. de A. ., de Santana, C. D. ., de Abreu, F. C. C. ., & de Macedo, R. R. B. . (2025). DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS ATUAIS E AVANÇOS NO MANEJO CLÍNICO. Anais Eventos. https://doi.org/10.56238/MedCientifica-039