A QUEM PERTENCE A ESCOLA? DISPUTA TERRITORIAL E MEDIAÇÃO INTERCULTURAL EM UMA ESCOLA DO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.56238/CONEDUCA-051Palabras clave:
Gestão Escolar, Educação do Campo, Contextos Locais, InterculturalidadeResumen
Este artigo investiga, por meio da autoetnografia crítica, a tensa negociação de legitimidade de um gestor escolar em uma comunidade rural do Seridó Potiguar. Analisa-se o campo de disputas construído entre a cultura institucional, entendido aqui como regimento, portarias e a cultura local, como os rituais, tradições, que posiciona o gestor, inicialmente, como um "invasor" não como um colaborador. O argumento central é que a superação deste embate não reside na imposição de normas, mas em um delicado exercício de mediação cultural, deslocando o gestor da posição de agente externo para a atuar na negociação de sentidos. A análise demonstra que a legitimidade é uma conquista da práxis diária, confirmada em um ato político no qual a própria comunidade passa a defender a gestão, convertendo a hostilidade inicial em um pacto de confiança e corresponsabilidade.