PROGRESSÃO AUTOMÁTICA E REGRESSÃO EDUCACIONAL: ENTRE A INCLUSÃO APARENTE E O COMPROMETIMENTO DA APRENDIZAGEM
DOI:
https://doi.org/10.56238/CONEDUCA-009Palabras clave:
Progressão Automática, Inclusão Escolar, Regressão Educacional, Equidade, Qualidade da AprendizagemResumen
A progressão automática, enquanto política educacional, tem sido amplamente utilizada para evitar a repetência e garantir a continuidade dos alunos na escola. Embora apresente a proposta de promover inclusão, estudos indicam que, quando aplicada sem critérios pedagógicos rigorosos, pode gerar lacunas de aprendizagem significativas, comprometendo o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e acadêmico dos estudantes. A promoção indiscriminada favorece uma inclusão apenas aparente, em que o aluno permanece fisicamente na escola, mas não adquire competências essenciais, criando um ciclo de defasagem e desmotivação. Além disso, a prática impõe desafios relevantes aos professores, que precisam lidar com turmas heterogêneas sem recursos adequados e suporte pedagógico suficiente. As repercussões da progressão automática se estendem à sociedade, influenciando negativamente a formação cidadã e o preparo profissional dos estudantes, reforçando desigualdades educacionais e sociais. Alternativas como avaliações diagnósticas contínuas, programas estruturados de reforço escolar, acompanhamento individualizado, capacitação docente e envolvimento familiar são estratégias essenciais para garantir aprendizagem efetiva e inclusão real. Por fim, é fundamental que políticas públicas sejam baseadas em evidências, visando conciliar permanência escolar, qualidade da aprendizagem e equidade. Pesquisas futuras podem explorar impactos longitudinais da progressão automática, a eficácia de estratégias de recuperação e metodologias diferenciadas de ensino, fornecendo subsídios para aprimorar a política educacional e promover desenvolvimento integral do estudante.