DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS NEURODIVERGENTES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PAULISTANA-PI
DOI:
https://doi.org/10.56238/CONEDUCA-002Palabras clave:
Educação Inclusiva, Neurodivergência, Formação Docente, Políticas Públicas, PaulistanaResumen
Este artigo analisa os desafios enfrentados pelas escolas municipais de Paulistana – PI no processo de inclusão de alunos neurodivergentes, com base em entrevistas semiestruturadas realizadas com três professoras e uma gestora da rede pública. A pesquisa, de abordagem qualitativa, natureza exploratória e descritiva, foi fundamentada em autores como Franco e Gomes (2020) e amparada pelo marco legal da educação inclusiva no Brasil (Lei nº 9.394/96; Lei nº 13.146/2015; Decreto nº 7.611/2011). Os resultados apontam para uma série de obstáculos à efetivação da inclusão, entre os quais destacam-se a ausência de formação continuada específica para os docentes, a precariedade da estrutura física das escolas, a escassez de materiais adaptados, a falta de apoio técnico especializado e o desconhecimento sobre políticas públicas de inclusão. Além disso, observou-se a persistência de práticas capacitistas e a sobrecarga de trabalho enfrentada pelos profissionais da educação. Apesar dessas limitações, identificaram-se iniciativas pedagógicas sensíveis e criativas por parte dos professores, embora não sistematizadas nem apoiadas institucionalmente. A pesquisa evidencia a urgência de investimentos estruturais, valorização docente, políticas públicas eficazes e uma cultura escolar baseada na empatia, na diversidade e no pertencimento. Conclui-se que a inclusão de alunos neurodivergentes exige mais do que o acesso físico à escola: demanda ações intersetoriais, formação continuada de qualidade e compromisso coletivo com a equidade educacional.