O NÓ HUMANO DA GESTÃO: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E DO ISOLAMENTO NA DIREÇÃO DE UMA ESCOLA DO CAMPO

Abstract

Este estudo investiga, por meio da autoetnografia crítica, o "nó" de isolamento e acolhimento do gestor em uma escola rural, tecido pelas dinâmicas interpessoais e pelo abandono institucional. A análise da experiência, marcada pelo colapso da cooperação e pela violência simbólica, desvela não apenas os mecanismos que corroem a saúde e a autoridade do gestor, mas também as estratégias de sobrevivência e as fissuras de resistência que emergem em meio ao conflito. Argumenta-se, por fim, que o adoecimento é o sintoma de uma precarização estrutural do trabalho na Educação do Campo, mas que o próprio ato de narrar e analisar criticamente a vivência se constitui como uma práxis de enfrentamento e uma aposta na possibilidade de reconstrução dos laços.