ABSCESSO CEREBRAL NA INFÂNCIA: RELATO DE 19 CASOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA

Authors

  • Maria Fernanda Baptista Caldas Author
  • Ana Paula Trombetta Kappes Author
  • Brisa de Almeida Möllmann Author
  • Daniela Branco Andreatta Author
  • Gabriella Balbinot Betencourt Author
  • Giovanna Tramujas Kafka Author
  • Victor Horácio de Souza Costa Junior Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/MedCientifica-047

Keywords:

Abscesso Encefálico, Pediatria, Infecção

Abstract

Introdução: Abscessos cerebrais (AC) são acúmulo de pus no parênquima cerebral, sendo uma complicação rara (1,8 para cada 100.000 indivíduos/ano), mas com alta morbidade e mortalidade (aproximadamente 10). Descrição dos casos: Foram analisados prontuários de 19 pacientes pediátricos com diagnóstico de AC de janeiro de 2000 a setembro de 2013, observando: idade, sexo, causas, manifestações clínicas, etiopatogenia, achados de tomografias de crânio (TAC), características do líquor cefalorraquidiano (LCR) e tratamento. Discussão: Onze pacientes eram do sexo masculino, sendo esse um importante fator predisponente. A idade média foi de 8,2 anos. Em 10 casos a causa foi meningite, em 7 sinusite e em 2 OMA (otite média aguda), acordando com o fato que até 86 dos AC apresentam condições predisponentes. O agente etiológico foi Streptococcus sp. (6 casos), Staphyloccus aureus (6 casos), Haemophilus influenzae (1 caso) e não identificado em 6 casos. Os sintomas mais frequentes foram febre (19 casos), cefaleia (10 casos), convulsões e sonolência (ambos em 7 casos). Sinais neurológicos focais apareceram em 8 pacientes. Os principais achados no LCR foram hipoglicorraquia (13 casos), pleiocitose às custas de polimorfonucleados e hiperproteinorraquia, padrão bacteriano comumente relatado na literatura. Todos os pacientes realizaram TAC de crânio, sendo encontrados abcessos únicos em lobo frontal ou temporal, padrão condizente com outros estudos. O tratamento inicial foi associação de ceftriaxona, metronidazol e oxacilina em todos os pacientes, com descalonamento em alguns casos, havendo ainda necessidade de drenagem cirúrgica em 9 casos. Conclusão: A causa dos AC relatados foi infecção. A etiopatogenia predominante foi composta por Streptococcus sp. e Staphyloccus aureus. Os sintomas mais prevalentes foram febre, cefaleia, convulsões e sonolência. Preponderou o padrão bacteriano na análise de LCR. A TAC evidenciou, em todos os casos, abscessos únicos em lobo frontal ou temporal. O tratamento empregado resultou em nenhum óbito.

Published

2025-11-18

Conference Proceedings Volume

Section

Artigos

How to Cite

Caldas, M. F. B. ., Kappes, A. P. T. ., Möllmann, B. de A. ., Andreatta, D. B. ., Betencourt, G. B. ., Kafka, G. T. ., & Costa Junior, V. H. de S. . (2025). ABSCESSO CEREBRAL NA INFÂNCIA: RELATO DE 19 CASOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA. Anais Eventos. https://doi.org/10.56238/MedCientifica-047