AFETIVIDADE E PROCESSOS DE HUMANIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO: CAMINHOS PARA VÍNCULOS, APRENDIZAGENS E SUBJETIVIDADES

Resumo

A afetividade, como dimensão constitutiva da experiência humana, exerce papel central na construção das relações pedagógicas e na formação das subjetividades dentro da escola. Pensar o ato educativo a partir da afetividade implica reconhecer que aprender não é um processo meramente cognitivo, mas uma vivência que envolve acolhimento, vínculo, segurança emocional e a possibilidade de expressão dos sentimentos. Nesse sentido, a escola torna-se um espaço onde emoções, interações e experiências compartilhadas se entrelaçam à construção do conhecimento, dando sentido ao aprender e permitindo que crianças, jovens e adultos se reconheçam como sujeitos capazes de criar, sentir e se desenvolver integralmente. O objetivo deste estudo é analisar como a afetividade se configura como elemento estruturante das práticas pedagógicas, influenciando o engajamento, a motivação e o desenvolvimento integral dos estudantes. A metodologia adotada baseou-se em uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, elaborada a partir dos estudos de Krueger (2003), Mosquera e Stobäus (2006), Amorim e Navarro (2012) e Ferreira e Ribeiro (2019). Esses estudos possibilitaram analisar a afetividade como fundamento das relações educativas, abordando aspectos psicológicos, sociais, pedagógicos e emocionais que atravessam o processo de ensino-aprendizagem e influenciam diretamente o desenvolvimento dos estudantes. Dessa forma, os resultados da reflexão evidenciam que vínculos afetivos positivos favorecem o engajamento, a motivação e a formação de percepções de competência, criando condições para que os estudantes se sintam valorizados e seguros diante dos desafios escolares. Conclui-se que quando a escola assume a afetividade como elemento pedagógico, ela amplia a capacidade de acolher as diferenças, respeitar ritmos de aprendizagem e fortalecer relações interpessoais, o que resulta em ambientes mais humanizados. Além disso, torna-se possível compreender que a afetividade contribui de forma decisiva para o equilíbrio emocional e para a construção de identidades saudáveis, estimulando a criatividade, a autonomia e a participação ativa nos processos educativos. Desse modo, a afetividade não se limita a um gesto de cuidado, mas se configura como parte estruturante da educação, orientando práticas pedagógicas que reconhecem o estudante em sua totalidade e reafirmam o compromisso da escola com a dignidade humana.