ANEMIA GRAVE COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA SÍNDROME POLIGLANDULAR AUTOIMUNE TIPO III B: RELATO DE CASO

Autores

  • Heloísa Antero Fernandes Autor
  • Letícia Antero Fernandes Autor
  • Ludmila Gonçalves Rezende Autor
  • Paula Catarina Soares de Brito Autor
  • Sara Monique Cavalcanti Autor
  • Mirella Claudino Oliveira Silva Autor
  • Maria Bernadete de Sousa Maia Autor
  • Paulo Bernardo da Silveira Barros Filho Autor
  • Eryvelton de Souza Franco Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/MedCientifica-004

Palavras-chave:

Autoimunidade, Hipotireoidismo, Gastrite Atrófica

Resumo

Introdução: As síndromes poliglandulares autoimunes (SPA) correspondem à associação de duas ou mais doenças endócrinas autoimunes. O desenvolvimento dessas condições depende tanto de fatores genéticos quanto ambientais. Classificam-se em SPA tipo I, sendo conhecida como juvenil, e SPA do adulto, a qual pode ser subdividida de II a IV. Ocorre um subdiagnóstico de tais condições, com uma maior prevalência da SPA do adulto no sexo feminino e pico de diagnóstico entre a 2ª e 5ª décadas de vida. As manifestações clínicas dependem da associação entre as endocrinopatias autoimunes, e o tratamento consiste na correção das disfunções endócrinas, reposição hormonal quando indicada, além de controle sintomático e manejo de potenciais complicações. Objetivo: Relatar um caso de síndrome autoimune poliglandular tipo III, tendo como manifestação inicial a anemia aguda grave. Relato: Paciente do sexo feminino, 58 anos, previamente hígida, apresentou astenia, tontura, perda ponderal (aproximadamente 10 kg em 2 anos) e dor crônica em membros inferiores. Foi internada para manejo de anemia grave, com evidência de hemoglobina de 4,6g/dL. Durante investigação, exames evidenciaram alterações tireoidianas compatíveis com hipotireoidismo primário (TSH: 12,5 μUI/mL; T4 livre: 0,82 ng/dL), além de importante hipovitaminose B12. Seguindo a linha investigativa, foi identificada gastrite atrófica e significativa elevação do anti-TPO (>1300 UI/mL), oportunizando o diagnóstico de Síndrome Poliglandular tipo III B, pela tireoidite autoimune e anemia perniciosa. Logo, a paciente seguiu em acompanhamento ambulatorial, com boa resposta ao manejo das desordens hormonais, como, também, em acompanhamento investigativo pela possibilidade diagnóstica de novos acometimentos autoimunes ao longo dos anos. Conclusão: A síndrome poliglandular autoimune tipo III é uma condição de baixa incidência devido ao subdiagnóstico, sendo indispensável o diagnóstico precoce e o manejo adequado pelo impacto na morbimortalidade das patologias envolvidas.

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Publicado

2025-08-29

Como Citar

Fernandes, H. A. ., Fernandes, L. A. ., Rezende, L. G. ., de Brito, P. C. S. ., Cavalcanti, S. M. ., Silva, M. C. O. . ., Maia, M. B. de S. ., Barros Filho, P. B. da S. ., & Franco, E. de S. . (2025). ANEMIA GRAVE COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA SÍNDROME POLIGLANDULAR AUTOIMUNE TIPO III B: RELATO DE CASO. Anais Eventos. https://doi.org/10.56238/MedCientifica-004