DEPENDÊNCIA DE CANNABIS: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E DESAFIOS NO MANEJO CLÍNICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/MedCientifica-035Palavras-chave:
Transtorno por Uso de Cannabis, Dependência de Cannabis, Tratamento, Síndrome de Abstinência de Cannabis, Terapia Cognitivo-Comportamental, FarmacoterapiaResumo
O transtorno por uso de cannabis (TUC) é um crescente desafio de saúde pública, dificultado pela ausência de tratamentos farmacológicos aprovados pela FDA e pelo acesso limitado a intervenções psicossociais especializadas. A síndrome de abstinência, que afeta quase metade dos usuários regulares, é uma barreira significativa para a cessação, marcada por sintomas como ansiedade, irritabilidade e distúrbios do sono. Esta revisão narrativa explora as abordagens terapêuticas atuais. A primeira linha de tratamento consiste em intervenções psicossociais, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia de melhora motivacional. Para superar as barreiras de acesso, as terapêuticas digitais e a telessaúde surgiram como alternativas promissoras. A farmacoterapia permanece investigacional; agonistas canabinoides (dronabinol, nabilona) e a gabapentina mostraram algum potencial em ensaios clínicos para manejar a abstinência e reduzir o uso, mas a evidência ainda é insuficiente para uma recomendação formal. Um desafio adicional é a preferência da maioria dos usuários pela redução do uso em vez da abstinência completa, sugerindo a necessidade de abordagens focadas na redução de danos.