TRATAMENTO DO ANEURISMA CEREBRAL: AVANÇOS RECENTES E DESAFIOS NO MANEJO NEUROCIRÚRGICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/MedCientifica-033Palavras-chave:
Aneurisma Intracraniano, Terapia Endovascular, Clipagem Microcirúrgica, Diversor de Fluxo, Embolização com Molas, Hemorragia Subaracnóidea, NeurointervençãoResumo
Os aneurismas intracranianos (AIs) são dilatações arteriais com prevalência significativa, cuja ruptura causa a catastrófica hemorragia subaracnóidea (HSA). O manejo dessas lesões, especialmente as não rotas, é um desafio que equilibra o risco de ruptura com os riscos da intervenção. Esta revisão narrativa aborda o panorama terapêutico atual, que se divide entre a clipagem microcirúrgica e as terapias endovasculares. A clipagem cirúrgica, um método estabelecido, oferece altas taxas de oclusão duradoura e é preferencial em casos específicos, como aneurismas da artéria cerebral média. Em contrapartida, as técnicas endovasculares tornaram-se a primeira linha em muitos centros, evoluindo da embolização com molas (coiling) – que apresenta risco de recanalização – para técnicas assistidas por stent (SAC) e dispositivos que mudaram o paradigma de tratamento. Os diversores de fluxo (FDs) promovem a reconstrução da artéria parental e são eficazes em aneurismas complexos (gigantes, fusiformes), enquanto os disruptores de fluxo intrasaculares (como o WEB) tratam aneurismas de bifurcação de colo largo, muitas vezes sem necessidade de dupla antiagregação. Avanços como a robótica assistida e terapias celulares visam aumentar a precisão e a durabilidade dos tratamentos. A decisão terapêutica é multifatorial, exigindo uma abordagem multidisciplinar e individualizada.